A viagem para Amsterdam (11 a 13 de dezembro) foi ótima, a cidade é linda. Mas no último dia, quando fomos conhecer a bela cidadezinha de Voledam, eu cai (assim, cai do nada mesmo, tropecei num mini-desnível) e fraturei um ossinho do pé, o metatarso. No caminho de volta para o carro, uma senhora holandesa viu de sua janela eu me arrastando apoiada em Rafael e me convidou para esperar em sua casa, enquanto Rafael trazia o carro para perto. Entrei numa casinha holandesa, foi uma experiência cultural interessante (era uma casa normal). Foi mt simpática a dona holandesa, conversamos em inglês, obviamente, e ela me deu uma meinha daquelas de imobilizar pé. Voledam já era o ponto final da nossa viagem (quer dizer, nós ainda queriamos ver os campos de tulipa, mas isso era "quase" no caminho de volta), então achamos melhor ir ao hospital em Compiègne, já que tenho plano se saúde aqui na França. Fizemos um pequeno desvio no caminho em busca dos tais campos de tulipa, mas aparentemente os campos só florescem em janeiro/fevereiro.
{Na foto, observem o degrauzinho assassino, e todo mundo parecendo marginal, escondido no beco, hehe}
Chegando em Compiègne,fomos ao hospital público daqui, que é muito organizado, embora não tenha grandes luxos, claro. Depois daquele chá de cadeira que eu sempre levo por lá, e com o qual já me habituei, o médito disse que precisaria engessar meu pézinho (de fato, até embaixo do joelho) pois havia fraturado o metatarso. Recebi prescição para levar uma injeçãozinha de heparina (anticoagulante) por dia, e tb para comprar as muletas.
Dia seguinte, segunda 14, passei o dia td de molho em casa, e na terça 15, me achando melhor e muito responsável que eu sou, resolvi ir para a aula. Bem, 3 metros depois de sair de casa, eu escorreguei no chão (Deus sabe como), soltei as muletas e me estatelei de costas no chão. Fui de ambulância pro hospital de novo, hehe. Nada grave, uma pequenissima fratura, disse o médico, se eu quisesse poderia ir para casa. Mas como eu ainda estava sentindo minhas costas doloridas, preferi ficar no hospital mais um pouco e ele disse que eu passase a noite lá, então. Fui transferida para um apartamento individual (pois é, hospital público aqui tem apartamento individual) e de lá sai somente no dia seguinte. Créditos para Renata e rafael que me ajudaram em todo o processo. Rafa bichinho, dormiu num saco de dormir no chão ao lado da minha cama no hospital.
Ai na quarta 16 eu voltei para casa. A família de Renata chegava na sexta 18, eles alugaram um apzinho em Paris, então na quinta de noite peguei um bigu com um pessoal que estava com van alugada (merci beaucoup Vi, Mazu e Léo)e fui pro Clos de Roses, que é o residencial onde Rafa mora né. E aqui estou desde então.
O pior disto tudo foi que eu tinha uma entrevista de estágio marcada para o dia 16, mas tive que desmnarcar né. Remarquei para o dia 07, espero que daqui para lá eu consiga me locomover melhor, se não lascou. Só tirarei o gesso dia 18/01, e daqui para lá deveria estar com o estágio confirmado =/ Mas estou mandando muuitos currículos neste período de recesso escolar (do dias 19/12 e 03/01 não tem aula na faculdade, embora eu tenha faltado toda a ultima semana de aulas, devido ao pé e depois a segunda queda), ainda tenho muita fé que vou conseguir um bom estágio =D Outra coisa ruim dos meus acidentes foi que eu e Rafa estavamos com uma viagem marcada para o fim-de-semana seguinte, para Barcelona,cidade que eu estava super a fim de conhecer. Consegui anular as reservas de hotel/albergue, mas as passagens da Ryanair não podem ser canceladas, e a taxa de transferência é mais cara que comprar várias passagens novas. Em outras palavras, não usou, perdeu.
Também foi triste porque assim que voltei do hospital, começou a nevar em Compiègne. E aqui não neva muuuito, nevou só uns 3 dias, agoras já voltou a esquentar, a neve derretou toda já. E quando começou a nevar todo mundo fez guerra de neve, bonecos de neve, etc. No orkut dos meus colegas todos tem mil fotos dos dias de neve em Compiègne. E eu presa em casa esse tempo todo =/ Pelo menos eu já tinha visto neve na vida né, já que fui para Bariloche em 2001 com minha família. A foto abaixo mostra a vista da janela do quarto de Rafa, no dia que nevou:
Eu fico também muito presa em casa pq aqui não temos carro né, o que dificulta bastante as coisas. Precisamos pegar ônibus para tudo, e de muleta mesmo a parada de ônibus perto da casa de Rafa, que é bem próxima, exige um certo esforço. Aliás, muito esforço, eu não sei andar direito com as muletas, a maior parte do tempo eu fico pulando, e canso demais minha perna boa. Também como já levei uma queda, fico com medo de cair de novo. Às vezes eu fico andando direitinho, sem "pular' e sim usando as muletas para me impulsionar, mas ai dói as mãos, hehe. Minhas muletas não são aquelas de axila não, são daquelas de mão , e, que o braço fica a 90° em relação ao corpo. Fora que não é novidade para ninguém aqui que minha coordenação motora e meu preparo físico sempre deixaram a desejar (mesmo quando eu era magra, não tinha fôlego de correr, sempre fui a primeira a ficar cansada ao subir escadas ou fazer caminhadas).
Mas essa semana tenho que criar vergonha na cara e começar a estudar, pois as 2 primeiras semanas de janeiro são basicamente de provas na UTC, e eu preciso me formar, né? Então ser obrigada a ficar em casa terá suas vantagens!!
beijos amores
próximos posts: viagem Holanda e Natal!